Provavelmente você já ouviu o dito popular “Não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta”. Parece óbvio, não é? Se você estiver com todos na mesma cesta e por acaso essa cesta cair, você perderá todos os seus ovos de uma só vez.
Essa frase é muito utilizada em finanças quando se quer mostrar a importância de diversificação dos investimentos. Todo investimento envolve uma certa dose de risco que, se ocorrer, pode trazer prejuízos para o investidor.
Como fazer para gerir de forma adequada esse risco envolvido nos investimentos? Uma boa prática é a diversificação dos investimentos. De acordo com o perfil do investidor, que pode ser mais conservador, que pretende correr menos riscos ou mais arrojado, aquele que está disposto a se expor mais ao risco em busca de maiores rendimentos, pode se distribuir os recursos investidos.
Uma carteira diversificada pode, por exemplo, conter 40% de ações, 20% em renda fixa privada, 10% em renda fixa pública e 30% em fundos multimercados.
Uma opção a ser considerada pelo investidor é o Empréstimo entre Pessoas ou P2P Lending. Esse tipo de investimento consiste em realizar operações de empréstimo por meio de uma SEP – Sociedade de Empréstimo entre Pessoas, que são fintechs de crédito, instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Para o investidor as vantagens são a ampliação de opções de investimento, diversificação de sua carteira de investimentos, com retornos maiores do que os investimentos tradicionais do sistema bancário e com taxas bem acima taxa Selic.
COMO FUNCIONA?
Tanto os tomadores de crédito quanto os investidores se cadastram na plataforma digital da fintech de crédito (site ou aplicativo para celular) e passam por processo de validação de identidade e de informações totalmente automatizado e integrado com fontes confiáveis de informação, como por exemplo o Serpro do Governo Federal e as empresas de birôs de crédito como Serasa, Quod, SCPC Brasil etc.
Após esse cadastro inicial (on boarding), o cliente cada um faz o registro da operação e valor de seu interesse. O tomador de crédito pode solicitar o valor que deseja emprestar, quantidade de parcelas para o pagamento ou o valor da parcela que pretende pagar mensalmente. Já o investidor pode selecionar as operações nas quais deseja emprestar ou investir de acordo com o risco observado em cada uma delas.
A operação é concretizada com a transferência de recursos do investidor (credor) para a SEP e desta para o tomador do crédito (devedor) com o respectivo instrumento de crédito (contrato de empréstimo) entre as duas partes, constando a SEP como intermediadora da operação.
O contrato de empréstimo deve obrigatoriamente conter as cláusulas previstas pelo Banco Central, além de outas que podem variar de acordo com cada plataforma.
O credor da operação de empréstimo e de financiamento não pode contratar com um mesmo devedor, na mesma SEP, operações cujo valor nominal ultrapasse o limite máximo de R$15.000,00 (quinze mil reais).
As operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas configuram investimento de risco, assumido integralmente pelo credor, sem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
A plataforma digital da SEP se encarrega de:
- gerar os boletos para pagamento de cada uma das prestações do empréstimo ou financiamento;
- repassar os devidos valores para os investidores (credores);
- automatizar o processo de notificação, mensagens e lembretes para ambos os envolvidos, tornando o processo ágil e fácil.
Cabe ao tomador de empréstimo (devedor) pagar suas prestações em dia, evitando juros e multas previstas, e assim mantendo seu histórico de crédito com boa avaliação.
Cabe ao investidor (credor) fazer a transferência do valor acordo em empréstimo dentro dos prazos estipulados e, como em qualquer investimento, estar ciente dos riscos envolvidos com a operação realizada.
O investimento em operações de P2P Lending é uma ótima opção para diversificação de investimentos.