Os brasileiros usam cada vez mais o Pix. Uma ferramenta que facilita enormemente as transações bancárias não poderia ter outra repercussão. O problema é que os criminosos se aproveitam de qualquer oportunidade para cometer golpes. Por isso, você precisa estar sempre atento e bem informado para não se tornar uma vítima. Um golpe que tem chamado a atenção é o Golpe do Pix errado. Nessa modalidade, o criminoso se aproveita da boa índole da vítima para aplicar o golpe.
Como não cair no golpe do Pix errado:
- Se precisar fazer uma devolução de Pix, o único mecanismo que você deve utilizar é o mecanismo de devolução do seu banco. Através do app do seu banco, ou no site do seu banco na internet, você é capaz de acessar o Pix recebido e ver seu detalhamento. É lá, no detalhamento do Pix, que você verá uma opção de devolução total ou parcial do valor recebido.
- Jamais aceite fazer um novo Pix para devolver o valor que tenha caído na sua conta.
- Jamais aceite transferir o valor para uma outra conta!
Em outras palavras, a única forma correta de lidar com a situação sem cair no golpe é devolvendo o valor através do mecanismo de devolução do seu banco. Em caso de dúvidas, entre em contato com a sua instituição financeira.
Como o criminoso aplica o golpe?
Com o intuito de facilitar o entendimento, veja a situação através de um exemplo. Maria é um personagem fictício utilizado só para ilustrar a situação.
- O criminoso faz uma transferência via Pix no valor de 500 reais para a conta de Maria (a vítima). Geralmente o fraudador faz a transferência usando uma chave Pix de celular;
- Através do número utilizado na chave Pix, o criminoso entra em contato com Maria dizendo ter feito a transferência por engano e solicitando que ela transfira o dinheiro para ele de volta. Nesse momento, o criminoso informa a Maria uma outra conta para a qual ela deve devolver o valor recebido.
Perceba que a mecânica do golpe começa justamente quando o criminoso informa para Maria uma outra conta para que ela devolva o dinheiro.
- Maria, sem perceber que está sendo enganada e sabendo que ficar com dinheiro que não a pertence pode configurar crime, faz a transferência dos 500 reais para a conta informada pelo criminoso. Maria acredita que está simplesmente devolvendo o dinheiro que lhe foi transferido indevidamente. Contudo, ela não percebe que está transferindo o dinheiro para uma conta diferente daquela que enviou o montante inicialmente.
- Enquanto isso, o criminoso aciona no banco o Mecanismo Especial de Devolução – MED, alegando ter sido vítima de um golpe aplicado por Maria e pedindo o estorno dos 500 reais transferidos para a conta da vítima.
- Visto que a vítima fez a devolução para a conta informada pelo criminoso, que era diferente da conta que transferiu o valor inicial, o banco não vê a devolução para a conta de origem do Pix. Por isso, retira os 500 reais da conta de Maria, devolvendo o valor para o criminoso.
- Dessa forma, através da devolução do banco, o criminoso recebe 500 reais. A vítima fica no prejuízo de 500 reais porque devolveu os 500 para a conta informada pelo criminoso e perde 500 reais que o banco retira da sua conta pelo acionamento indevido do criminoso.
Principais conclusões
Fique atento e sempre desconfie de situações estranhas e inusitadas. Em resumo, se você receber uma transferência que não estava esperando, só devolva o valor através do mecanismo do seu banco e nunca faça um novo Pix ou transferência desse valor para outra conta. Em caso de qualquer dúvida, entre em contato com a sua instituição financeira.
Observe sua conta bancária com frequência para conseguir perceber rapidamente movimentações não usuais e acionar os mecanismos certos o mais rápido possível em caso de algo fora do normal.
Mantenha-se sempre atento e bem informado, essa é a melhor forma de se prevenir.
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